Desafios e soluções para a gestão de lodo em estações de tratamento
Tecnologias avançadas têm auxiliado a superar os diversos desafios no gerenciamento do lodo proveniente de estações de tratamento de efluentes municipais e industriais
Ao mesmo tempo em que o aumento da coleta de esgoto traz inúmeros benefícios, como melhoria da saúde, preservação ambiental e valorização imobiliária, surge também um grande desafio: o tratamento do esgoto coletado e, consequentemente, a gestão do lodo proveniente deste tratamento.
Rico em nutrientes e matéria orgânica, mas também muitas vezes com a presença de patogênicos, o lodo ocupa uma parcela significativa do custo total de operação de ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto / Efluentes), por conta de consumo elevado de energia, de água e de polímeros para seu tratamento, e transporte para sua disposição final.
PRINCIPAIS ASPECTOS DO CENÁRIO ATUAL DA GESTÃO DE LODO NO BRASIL
Alguns dos principais pontos da gestão de lodo no Brasil são:
Os lodos de ETAs (Estações de Tratamento de Água) são dispostos em cursos de água sem nenhum tratamento, na maioria dos casos;
Os lodos de ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto / Efluentes) gerados no Brasil são da ordem de 200.000 toneladas/ano;
Em muitos casos, os polímeros e floculadores utilizados nos processos físico-químicos das estações de tratamento são de baixa qualidade, por questões financeiras, e, portanto, as etapas subsequentes e a qualidade final do lodo são prejudicadas;
Os lodos gerados, quase na totalidade, seguem para aterros.
PRINCIPAIS DESAFIOS NO TRATAMENTO DE LODO
Aumentar a quantidade de lodo tratado;
Melhorar a qualidade do lodo tratado, incluindo a eliminação de patogênicos;
Diminuir o volume do lodo destinado a aterros, diminuindo também o custo de destinação final;
Encontrar formas de redução e reúso do lodo, diminuindo assim o volume e o custo de destinação a aterros;
Reúso limitado por conta de metais pesados e outros contaminantes.
Inclusive, por ser um resíduo proveniente das estações de tratamento, o lodo enquadra-se na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. De acordo com seu artigo 7º, um dos objetivos da PNRS é a “não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”.
Entre as formas possíveis de reutilizar o lodo, estão:
Reaproveitamento industrial;
Fabricação de tijolos e cerâmicas;
Produção de agregado leve para construção civil;
Produção de cimento;
Reaproveitamento agrícola;
Fertilizante orgânico e compostagem;
O lodo pode ser reutilizado de diversas formas, como fins de agricultura, energia, pavimentação, entre outros
SOLUÇÕES DISPONÍVEIS
Seja para reutilização ou para redução de volume para disposição em aterros, existem diversas tecnologias para todas as etapas de tratamento de lodo, desde o adensamento até a secagem.
“Hoje no Brasil temos acesso às melhores tecnologias internacionais para fazer uma gestão bastante eficaz do lodo, dimensionadas de acordo com as características de entrada do esgoto ou efluente”, diz Nilton Bartalini, especialista técnico da aQuamec. “Por exemplo, estão disponíveis hoje no país secadores de lodo que atingem teores de secos de até 90%, diminuindo de forma drástica o volume final do lodo. Além disso, são modelos que utilizam baixa temperatura, entre 40 °C e 75 °C, e utilizam 0,50 kWh de potência por quilo de água evaporada”, completa Nilton.
Algumas das tecnologias avançadas para as etapas de tratamento de lodo são:
Adensamento do lodo - essa etapa tem por finalidade tornar o lodo mais denso e com maior concentração de sólidos, facilitando a etapa seguinte de desidratação. São utilizados nessa fase equipamentos como adensadores de lodo e mesas adensadoras de lodo.
Adensador de lodo de acionamento central para tanques circulares / Aspecto de lodo adensado
Desidratação / desaguamento de lodo – nessa etapa é retirado o excesso de água do lodo. São utilizados equipamentos como prensas desaguadoras e prensas rotativas. Existem ainda unidades combinadas de adensamento e desidratação de lodo, que realizam as duas operações em um só equipamento.
Prensa rotativa com baixo consumo energético e consumo reduzido de polímeros / Aspecto de lodo desidratado
Secagem de lodo - reduz ao máximo o volume do lodo, proporcionando altos teores de secos. Entre as tecnologias mais avançadas para esta etapa estão os secadores térmicos de baixa temperatura que, além de apresentarem teores de secos de até 90%, consomem menos energia. A tecnologia de secagem de baixa temperatura custa aproximadamente 50 a 70% menos do que o tradicional sistema térmico de secagem.
Secador térmico de lodo de baixa temperatura / Aspecto de lodo seco
“Além de inovações tecnológicas de performance cada vez melhor, outra novidade que oferecemos são os equipamentos e sistemas para locação, como a unidade combinada de adensamento e desidratação de lodo, a unidade móvel de desidratação de lodo e equipamentos para outras etapas de tratamento de água e efluentes. Essa modalidade de contratação traz várias vantagens para nossos clientes, como diminuição do downtime, ausência de custos de manutenção e redução nos custos operacionais”, finaliza Marco Formicola, diretor da aQuamec.
SOBRE A AQUAMEC
A aQuamec atua em projetos, fabricação, instalação, manutenção e reformas de equipamentos e sistemas destinados ao tratamento de água bruta e industrial, tanto para abastecimento como para reúso, e de efluentes municipais e industriais.
Junto com a aLBriggs, disponibiliza soluções completas e inovadoras para descontaminação e tratamento de águas e solos, através da oferta de serviços e equipamentos de alta performance.
Com um portfólio composto pelas melhores tecnologias internacionais e um corpo técnico qualificado para entregar a melhor solução ao cenário específico de cada cliente, as empresas se destacam por potencializar a eficiência energética e operacional de companhias de segmentos como Saneamento, Óleo e Gás, Portos e Terminais, Alimentos e Bebidas, Papel e Celulose, Indústrias em geral, Mineração, Siderurgia, Química e Petroquímica, entre muitos outros.
Conheça mais sobre as empresas: https://www.albriggs.com.br / https://www.aquamecbrasil.com.br
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